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Você sabe que, ao abrir uma torneira, sairá água. O mesmo vale para quando você usa o vaso sanitário: basta apertar a descarga e o que estava ali desaparece. Mas a água não vem da torneira? Nossos dejetos somem por mágica? Claro que não: por trás de cada torneira, chuveiro, ralos de pias e vasos sanitários existe um complexo sistema para o conforto da população. Você já parou para pensar no que consiste o saneamento básico?

A história mostra que o saneamento básico no Brasil surgiu no período colonial. A primeira obra é de 1561, quando Estácio de Sá mandou construir um poço para abastecer a cidade do Rio de Janeiro. O primeiro aqueduto do país, considerado a principal obra arquitetônica do período colonial, levou 50 anos para ficar pronto, de 1673 a 1723. Conhecido hoje como Arcos da Lapa, localizado no Rio de Janeiro, o aqueduto levava água do Rio Carioca até o Chafariz. Porém, no mesmo período, não há registros de obras de saneamento.

O que se sabe é que, aqui no Brasil, escravos eram responsáveis por pegar água para a Casa Grande e carregar suas fezes e de seus senhores para um local afastado. Após a vinda da família real portuguesa, em 1808, a população brasileira praticamente dobrou em 30 anos. A demanda por água então começou a crescer e obras de saneamento começaram a ser mais necessárias.

O primeiro sistema de abastecimento de água encanada foi construído pelo governo de São Paulo entre 1857 e 1877. Em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, o abastecimento de água encanada se deu em 1861 e 1876, respectivamente. Na mesma época, o Rio de Janeiro foi a primeira cidade do mundo a inaugurar uma Estação de Tratamento de Água (ETA), com seis filtros de pressão ar/água. Foi na década de 1940 que tiveram início a comercialização dos serviços de saneamento e em função disso, surgiram autarquias e mecanismos de financiamento.

LEGADO DA UNIVERSALIZAÇÃO

Oitenta e três anos depois, observando os investimentos e benefícios gerados no processo de universalização do saneamento em Holambra, precisamos considerar o legado da universalização para o futuro. Segundo o gerente de Operações da Águas de Holambra, Rodrigo Leitão, “São benefícios à saúde, produtividade, turismo, educação, valorização imobiliária e ambiental, que perduram para sempre.”

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